terça-feira, 20 de março de 2007

Desenvolvimento da medicina laboratorial e experimental

O séc. XIX foi o ponto de partida da interação entre as ciências biológicas e não-biológicas (química e física), protagonizada por três nomes: Pasteur, Koch e Bernard.

Por curiosidade, todos eles eram investigadores fundamentais, e não clínicos. Pasteur nem sequer era médico. O que prefigura a rivalidade entre as especialidades clínicas e as especialidades técnicas. Diz que as últimas décadas do século XIX iniciam um debate que está longe de se considerar encerrado, entre o médico que interroga o seu doente, que o examina, que mantém com ele relações de pessoa a pessoa possuindo em si mesmas um valor terapêutico, por um lado, e, por outro, o laboratório anônimo, cujos aparelhos doseiam e numeram as alterações físico-químicas.

A unidade do ato médico (diagnóstico, decisão terapêutica e tratamento) passou a ser questionada, com a crescente especialização e hierarquização da profissão médica e com a industrialização da medicina hospitalar, ou seja, com a crescente participação no ato médico de diferentes profissionais em unidades técnicas e diferenciadas.


Claude Bernard (1813-1878): fisiologista. é considerado um dos fundadores da medicina laboratorial.


  • Em 1851, descobre o glicogênio e a sua produção pelo fígado;
  • E, em 1865, publica Introdução ao estudo da medicina experimental, uma obra que foi saudada na época por ser de grande importância metodológica.

Louis Pasteur (1822- 1895): criador da bacteorologia patológica, com sua obra Mémoire sur la fermentation lactique (1857).

  • A teoria da geração espontânea cai definitivamente por terra, embora não sem alguma resistência dos espíritos conservadores da época;
  • Em 1864, Pasteur descobre a existência de microorganismos, causadores de doença, criando as bases de uma nova teoria etiopatogênica das doenças: a teoria do germe;
  • Em 1880, descobre o estreptococo;
    Em 1881, desenvolve um vacina contra o carbúnculo;
  • Em 1885, alcança o seu sucesso mais notável ao vacinar um jovem pastor mordido por um cão raivoso, injetando nele extratos da medula espinhal de um cão portador da doença;
  • Pasteur está ainda na origem de outra verificação essencial para a história da medicina: a prova, relativamente a certas doenças, da existência de um contágio.

R. Koch (1843-1910):

  • É mais conhecido por ter identificado o bacilo da tuberculose;
  • Mas tb foi ele que, em 1883, após viagens à Índia e ao Egito, isolou o vibrião da coléra;
  • Ao mesmo tempo que definia a metodologia fundamental da investigação bacteriológica e epidemiológica.



BIBLIOGRAFIA

Koch.

domingo, 4 de março de 2007

Respirando o séc. XIX...

Bom, o principal objetivo desse blog é apresentar uma pesquisa a respeito da medicina do séc. XIX, para uma avaliação da disciplina de história.
Todas as sociedades humanas têm crenças médicas que fornecem explicações e respostas para o nascimento, a morte e a doença. Em todo o mundo, a doença foi freqüentemente atribuída à bruxaria, a demônios ou à vontade dos deuses. Essas idéias ainda hoje mantêm algum poder, sendo ainda comuns a cura pela fé e os santuários. Se bem que o surgimento da medicina científica nos últimos dois séculos tenha alterado ou substituído muitas das práticas sanitárias históricas.
Foi nessa época, séc XIX, que muitos genes patogênicos foram descobertos pelos experimentos no campo da bacteriologia como, por exemplo, lepra, tuberculose, coléra, tétano e outras.
Sob o ponto de vista desse século, os tratamentos de saúde eram muito mais complicados que nos dias atuais. Sendo que a expectativa de vida era bem menor do que a que temos.